domingo, 16 de setembro de 2012

Escalar, escorregar, encontrar


Procuro frases que ainda não vi
Nosso futuro não acaba aqui
Com rimas bobas, palavras toscas

Você nunca tem coragem pra enfrentar
A verdade a gente sabe como é
Um olhar pra dar pé
Um sobe e desce
Mais pra cima que pra baixo,
você sabe, você nunca esquece
Você sempre me lembra:

Não bata a porta
Não grite
Não esperneie
Controle tudo com seu controle remoto

Não perca a razão,
lembre da frases
refaça as frases
diga, diga as frases

Procurai as que serão ouvidas,
que serão sentidas
que ainda não foram vistas
por quem não tem olhos, ouvidos
pé, nem cabeça

Fale para o surdo
Pergunte para o mudo
Mostre para o cego
Me chama pra correr com o paraplégico

Acredite, eu ainda sei que com sabedoria, não é impossível. Talvez você precise de mais coragem pra encontrar alguém menos covarde. Queria que você encontrasse aqui.

segunda-feira, 2 de julho de 2012

Arder


As pernas passaram por trás
rasteira e sorrateira, devagarinho
Escondido, não devido
fez tremer a base


e quando é que vai despedaçar?
Um segredo muda tudo
onde não havia, se um
se mais então, se dois ou três


Conte e cante pra tremer mais,
mas conte direitinho
pese, qualifique, quantifique, indentifique
velho mais velho, novo mais novo


mas que vale o velho novo
ou novo velho? 
Vale quantos segredos?
quantos passos de trás?
Só não pode tremer pra desesconder


cuida, pra não arder mais

quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

Prova dor

enfeita com doses singelas, de sorriso meigo
corre pelo corpo gritante, deita sobre degrais
gira feito carrousel, cintila como as suas luzes
tuas luzes, que hão de fazer arder os olhares
embaça o reflexo e, não se esquece do toque

terça-feira, 9 de novembro de 2010

de frene[sí]
in-consciente
des-encobrindo
[entre] fora, colchetes

sexo.

segunda-feira, 18 de outubro de 2010

Quebrável

Olhos seguem
Atormentam

Eu, patético
Perturbado
Eu, que nem sei

Que som se faz
Se a língua corre
De boca, insaciável

Se tenho fome,
é tua.

domingo, 1 de agosto de 2010

Domingo

Por que demoras?
E se com vontade
com ardor
se deveras, farás
Se tens vontade
me vens, segue
se me impulsionas
leva-me embora
Assim como vão
por vãos, as ideias
De forças, líquidas
como pedras

sexta-feira, 23 de julho de 2010

Dissecar-te com os olhos.
Com mãos cintilando
vontade de acetinar,
Doces, curvas.